E mais uma vez, tudo de novo
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Já é junho... por Deus, já faz quase de 18 anos.
Eu me lembro, 1999, aquilo foi épico. Cabelo chanelzinho, franjinha, jaquetinha jeans e bota. Eu era estilosa. Eu era só uma criança. 20 de junho. "Eu quero ter logo 7 anos, assim poderei andar, sair, me divertir, eu vou falar e as pessoas vão me ouvir." Não, espera, isso não foi nessa época, foi antes, foi muito antes. É minha primeira memória. Eu devia ser bebê. Ser aquele bebê careca horrível, que foi achado na lata de lixo, sabe? Não, não sabe? Ah. Sei lá. Também, não importa. Ano após ano. 7 anos hein? 2002, Copa do Mundo, lembra? Hein, lembra né? Ah sim, me lembro. Festinha também, reparti bolo, fui arrogante (que novidade...), a decoração de aniversário de criança mais bonita que eu já vi. Euforia geral, todo mundo achava que o Brasil ia ganhar. E ganhou. Foi minha vizinha que fez sabia? Ronaldinho com aquele cabelo horroroso, Ronaldinho Gaucho igual a sempre. Mas os brigadeiros estavam tão gostosos. Cafu ergueu a taça. Foi minha vizinha que fez a decoração da festa, seu bobão. Mas fui eu que ensinei pra ela como fazer. É, eu lembro disso também. Barulho, muito barulho, pessoas gritando e confraternizando na minha festa. Pelo Brasil. Eu fui arrogante por um motivo banal (que nunca esqueci e já falei). Depois disso, nunca mais. Nunca mais o quê? Festa de criança? Brasil? Fui arrogante? Nunca mais esqueci? Enfim, também não importa. E também não sei. BOTA DE BRUXA. Que memorável. Né mãe? Aquele bolo, nem lembro de quantos anos, saiu todinho batumado. A cobertura tinha um detalhe que lembrava uma bota de bruxa, daí o apelido. Até que faz sentido né? Não, não faz. Mas pra mim, só pra mim (e pra mamãe... (e pro papai também)) faz. Ah, encare esse fato. Minha vida é mais legal que a sua. Lembra em 2002, quando eu estive perto dele pela primeira verdadeira vez (provavelmente) e nem sabia? E o Brasil é penta.... Eu fiquei feliz. Eu lembro. Eu era só uma criança em Almirante Tamandaré. Mas pera, não, volta! DESVIRTUEI totalmente do meu assunto central! Poxa! Por que eu estou falando do Brasil? Ele não tem nada a ver com isso. Mas será que ele ficou chateado? Acho que sim. Eu fiquei feliz. Não, volta. Volt (V). Ah, só lembrei disso agora. Acontece. Menos né? E o bolo do Atlético. Também sei lá de quantos anos. Mas foi tãããããããão legal. Eu vi as fotos ainda esses dias. Éramos tão jovens. Não, não aquele filme lá do Renato Russo. Esse é atual e o nome é outro. Acorda pra vida cabeção. Eu era tão criança. A festa na escola. Eu comi TODOS os brigadeiros. hahaha. Não, pera. Não foi na minha festa. Foi na do Christopher. AI QUE COISA. Piá chaaaato. Nem te conto o que eu lembrei agora. É super atual. Vai ver é porque eu acabei de ler... Não, mentira. Acho que nem foi na dele. Enfim, é irrelevante e eu não lembro. Mas e você? Lembra lá em cima, antes do Cafu? Não, não é para fazer sentido. Para ninguém. Só pra mim. Sempre inverno. Sempre fim de outono. Quase um testamento. Ah, mas um dia vai inverter e você sabe. As coisas são ao contrário lá em cima. No norte, não no Cafu. Em Winterfell. Não, não em Winterfell. Sempre verão. Verei o Stonehenge nesse dia. Nesse dia de sempre final de primavera. Pra você, não pra mim. Aqui é sempre inverno. 02:37.
Nem você.
Things. por Patty'
Aqui apenas para escrever o que sei, o que não sei e o que me dá na cabeça. Enfim, coisas inúteis que você poderia viver sem.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A ordem natural das coisas
Efêmero, assim é tudo.
Assim é a vida.
Depois que aprendi o significado dessa palavra, em 2008, comecei a ponderar muito sobre valor dela no dia a dia da vida. Pensei sobre como tudo é passageiro, tudo aquilo que mais importa, tudo aquilo que não importa tanto assim ou tudo aquilo que mais amamos. E é principalmente nisso que a efemeridade mostra suas garras, nos machuca.
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Arcadia, 01:17 da manhã de 30/11/2012.
Estava pensando sobre a vida, uma reflexão que faço quase toda noite antes de dormir, principalmente quando estou de férias e não tenho compromisso de acordar cedo na manhã seguinte. Não estava ligada exatamente em "efemeridade" enquanto andava de um lado para o outro na Torre, que tem sido minha "sede" na casa nas últimas semanas, durante o tempo que a reforma do meu verdadeiro quarto está parada devido a falta de verba (e também de força de vontade), o que tem sido, inclusive, o motivo de muitas discussões em Arcadia.
De repente, por uma razão que não sei bem explicar, acabei voltando em um ponto que tem me incomodado muito de um tempo pra cá, a tal da efemeridade. Tempo vem, tempo vai e muitas coisas passam, isso é fato. Acontece que dia 31/10, uma fase muito importante da minha vida se encerrou. Algo que me acrescentou muito, mais até do que eu seria capaz de contabilizar. Claro que, como eu disse na minha despedida, essa foi uma das poucas coisas que eu posso dizer que aproveitei ao máximo, tanto quanto pude, e não levo ressentimentos. Mas ainda assim, quando alguma coisa importante para você chega ao fim, é impossível não olhar para trás e, no mínimo, não sentir a nostalgia.
Sim, eu sou uma pessoa que tem problemas com o desapego.
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Entretanto, já deitada na cama, um assombro me ocorreu. Algo que eu já tinha pensado antes e ainda muito me assusta, mas sempre tento jogar para debaixo do tapete e dizer como Scarlett O'Hara: "Pensarei nisso mais tarde!". Ora, o pensamento me foi tão perturbador que não consegui refrear as lágrimas, tão pouco pude continuar deitada na cama a divagar. Levantei em um impulso, desci um lance de escadas e entrei no quarto principal da casa, peguei o notebook e o carregador pé por pé, tentando não acordar meus pais, torcendo para que eles não despertassem e me perguntassem o porquê daquele assalto repentino ao quarto, e assim eu não teria de revelar que o verdadeiro motivo de tanto ímpeto eram eles mesmos.
Peguei o computador, subi novamente para meu refúgio na Torre e me coloquei a escrever esse texto. Agora já são 01:44.
Sei que isso pode parecer muito clichê, mas acho que ainda assim, estou colocando em palavras e tornando público um sentimento que muitos possuem, mas por qualquer motivo, se recusam a externar.
Há algum tempo, percebi que estou ficando "velha", aquelas coisas que quando criança nem pensava que podia fazer, agora faço. Tipo: beber ou ir sozinha aonde bem entender. Liberdades que nunca antes achava que teria. Coisas essas que vem com o tempo. Percebi, com algum medo, que para envelhecer é necessário uma maturidade que vem junto com a própria idade em si. Não seria possível exigir de mim algum entendimento se meu corpo, hoje com 17 anos, se visse aos 70 de um dia para o outro. Acho que eu simplesmente enlouqueceria se soubesse que tal estado é irreversível. Ver a vida a ser vivida de certo modo se encurtar e se dar conta disso, sem poder (obviamente) fazer nada, exige sim um estado de maturidade que vem com o tempo.
Mas e ver que isso também acontece com pessoas que eu amo me sufoca muito mais. Ver que o tempo passa e aquelas coisinhas desagradáveis que são marca da idade; que antes só aconteciam bem longe de mim e que acontecem agora com os meus pais, é agonizante. Aquele probleminha de vista cansada, aquela dor nas costas ou os cabelos brancos e as rugas que se tornam cada vez mais expressivos, vão me dando uma nova visão da minha própria vida. Aqueles que eram (e ainda são) meus super-heróis, imbatíveis e mais sábios que qualquer grande mestre oriental, ficam ainda mais sábios com o tempo que passa para eles também. Vejo agora que eles não são uma muralha inquebrável que, quando criança, eu achei que eram. Vejo que eles são humanos e tão sujeitos a efemeridade quanto qualquer outra pessoa.
A noite me traz entendimentos que o dia encobre.
Durante o dia, penso em todos os sonhos que tenho para cumprir e a vida que tenho para viver. Penso nos meus planos para o futuro. Durante o dia, faço tudo aquilo que me compete fazer.
Durante a noite, eu penso.
Durante a noite, lembro de todas às vezes no dia que não dei atenção para minha mãe porque queria ver alguma coisa inútil na TV. Às vezes que ela falou comigo e eu não dei bola porque estava pensando em algum ponto do meu "promissor" futuro. Ou às vezes que comecei uma briga idiota com o meu pai sobre a reforma do meu quarto que não anda por falta de dinheiro. Exijo demais deles e sei que não dou o mínimo em troca. À noite, penso que no dia seguinte vou fazer tudo diferente, vou ser a mais amável e atenciosa das filhas; mas o dia seguinte chega e faço a mesma merda, igual a todos os dias anteriores. E me arrependo disso, porque penso que talvez eu não tenha a próxima oportunidade de fazer diferente. Eu os amo. Mas por que eu não consigo mudar? Por que a inércia da minha vida me mantém na mesma situação de comodismo quando eu acordo de manhã, deixando facilmente de lado todo o meu comprometimento da noite anterior?
São tantas coisas que meu pai fazia por mim antigamente e não faz mais, por alguma razão, e que me fazem tanta falta. Sejam aqueles apelidos carinhosos ou aqueles presentinhos de R$ 1,99 que me deixavam tão feliz. Sinto falta de ser a "filhota". E quando lembro-me de tudo isso, eu penso quão LIXO são todos os meus planos para o futuro, porque qualquer coisa que venha e não esteja acompanhada disso, mesmo que a distância, é puro LIXO!
Foda-se o vestibular, foda-se a faculdade, foda-se intercâmbio, foda-se a Europa e foda-se também quem está lendo isso aqui e achando piegas, pois na calada da noite eu percebo que existem coisas muito mais importantes que o meu futuro e percebo que essas coisas, que esse amor, já está ao meu lado e eu não dou o valor devido.
É óbvio que as vezes eles me cansam, e que eu também os canso. Sei que eles têm a vida deles e por mais que eu mude agora, é inconcebível achar que agora viveremos colados uns aos outros. Nem quero isso. Só quero aquele carinho que desapareceu quando eu cresci e tomei feições e responsabilidades de mulher. Quero aquele afeto que foi sufocado com as tarefas incansáveis do dia a dia. Quero aquelas atividades de família que se tornaram quase inexistentes porque estamos muito ocupados na TV ou no Facebook. A vida é curta demais. É efêmera demais.
A noite aqui na Torre traz uma reflexão: Patrícia, mude. Antes que seja tarde demais.
Mesmo porque, agora já são 02:51.
sábado, 25 de agosto de 2012
Alter-ego - Taim i' ngra leat
Eu quase podia ver seu reflexo no espelho. Ali, perto de mim, ainda me observando com aquele olhar zombeteiro, esperando alguma reação minha para ter uma justificativa qualquer de me agarrar em seu abraço forte e não soltar mais enquanto durasse a noite. Sua presença ainda me assombrava, dia e noite, instilando pitadas de loucura no que ainda restava da minha vida, da minha sanidade. A cada minuto, podia sentir os olhos quase negros que eu tanto amei me seguindo pelas ruas da cidade, enquanto eu procurava meu caminho, do nada para lugar nenhum.
Me lembrei do dia que nos conhecemos, eu almoçando comida japonesa com o pessoal da faculdade e ele tomando uma Guinness num barzinho ao lado, na Rua 24 horas. Ele me olhava, de um jeito que nunca tinham me olhado antes, quase como se eu fosse uma obra de arte a ser contemplada e a ser devorada também. Sempre o mesmo olhar malicioso e pervertido, divertido e desejoso. Me sentia uma deusa não tão santa. Eu era má.
No banheiro da nossa suíte, um quarto de hotel no centro - cenário de muitas noites mal dormidas e bem aproveitadas; eu via o quanto o espelho agora era frio, quando eu finalmente percebia que não tinha mais ninguém me esperando encostado no caixilho da porta, sorrindo. Abaixei a cabeça e chorei.
Senti o seu perfume, seu toque uma última vez. Ele me abraçava e me dizia, com um português de forte sotaque irlandês, que tudo estava bem. Me virei depressa demais tentando ainda ver, com um fio de esperança, seus cabelos castanho-claros desgrenhados, mas era uma ilusão. No desespero de amar, eu havia quebrado um frasco de colônia.
Ajoelhei, e peguei um daqueles cacos de vidro estilhaçados no chão. Era a colônia que ele tinha me dado, quando dividimos pela primeira vez um quarto de hotel, em Londres. Ele adorava quando eu usava aquele perfume. Nossas madrugadas londrinas eram insanas, ao som de Iron Maiden e Ramones. Todos os dias, ele me acordava, me beijava e me amava e tudo o que eu podia fazer era nada. Só permitia.
Tudo agora na minha vida era uma ilusão.
Hoje, eu acordei cedo e fui ver o mundo pela janela. Eu vi o nascer do sol, eu vi a cidade acordar sob meus olhos, eu vi o fluxo de carros se intensificando conforme as pessoas iam despertando e indo trabalhar. Eu vi a Torre Panorâmica brilhando na manhã e eu vi a Serra do Mar, sempre quieta e impassível. E, naquele momento, eu desisti.
O pedaço de vidro era frio nos meus dedos, e o cheiro de colônia era forte. Era francesa. Aquele caco vermelho chegava a ser engraçado, tão rubro quanto o meu sangue. A embalagem do perfume tinha sido uma rosa, agora era uma arma. Minha arma.
Olhei para frente e vi, mas dessa vez eu tive certeza. Era ele, e ele me chamava para perto de si.
O acidente tinha tirado de mim tudo o que eu mais precisava. O helicóptero que ele sonhava pilotar tinha caído e arrancado nossas vidas.
Eu já não chorava.
Peguei o caco de vidro com a mão direita e encostei no pulso da esquerda. Sem pensar muito, apliquei todas as minhas forças, todas as minhas dores e todos os meus desesperos naquele golpe final contra o fantasma que eu chamava, nas últimas semanas, de vida. Senti a ponta de vidro rasgando minha pele, minha carne e minhas veias, enquanto eu estraçalhava meu braço. Gritei.
Senti o fantasma da minha vida desvanecendo junto com o sangue que escorria e já tingia a cerâmica da suíte de um vermelho muito escuro. Soltei o pedaço de vidro e caí sobre a minha própria tinta rubra no chão. Fechei os olhos.
Só então eu acordei e vi ele, sentado ao meu lado. Me olhava como me olhou da primeira vez. Seus olhos, contas negras que revelam o infinito. E eu estava ali, no lugar que sempre pertenci desde a criação dos tempos. Nem Céu, nem Inferno. Um paraíso, só nosso, por toda a eternidade.
Me lembrei do dia que nos conhecemos, eu almoçando comida japonesa com o pessoal da faculdade e ele tomando uma Guinness num barzinho ao lado, na Rua 24 horas. Ele me olhava, de um jeito que nunca tinham me olhado antes, quase como se eu fosse uma obra de arte a ser contemplada e a ser devorada também. Sempre o mesmo olhar malicioso e pervertido, divertido e desejoso. Me sentia uma deusa não tão santa. Eu era má.
No banheiro da nossa suíte, um quarto de hotel no centro - cenário de muitas noites mal dormidas e bem aproveitadas; eu via o quanto o espelho agora era frio, quando eu finalmente percebia que não tinha mais ninguém me esperando encostado no caixilho da porta, sorrindo. Abaixei a cabeça e chorei.
Senti o seu perfume, seu toque uma última vez. Ele me abraçava e me dizia, com um português de forte sotaque irlandês, que tudo estava bem. Me virei depressa demais tentando ainda ver, com um fio de esperança, seus cabelos castanho-claros desgrenhados, mas era uma ilusão. No desespero de amar, eu havia quebrado um frasco de colônia.
Ajoelhei, e peguei um daqueles cacos de vidro estilhaçados no chão. Era a colônia que ele tinha me dado, quando dividimos pela primeira vez um quarto de hotel, em Londres. Ele adorava quando eu usava aquele perfume. Nossas madrugadas londrinas eram insanas, ao som de Iron Maiden e Ramones. Todos os dias, ele me acordava, me beijava e me amava e tudo o que eu podia fazer era nada. Só permitia.
Tudo agora na minha vida era uma ilusão.
Hoje, eu acordei cedo e fui ver o mundo pela janela. Eu vi o nascer do sol, eu vi a cidade acordar sob meus olhos, eu vi o fluxo de carros se intensificando conforme as pessoas iam despertando e indo trabalhar. Eu vi a Torre Panorâmica brilhando na manhã e eu vi a Serra do Mar, sempre quieta e impassível. E, naquele momento, eu desisti.
O pedaço de vidro era frio nos meus dedos, e o cheiro de colônia era forte. Era francesa. Aquele caco vermelho chegava a ser engraçado, tão rubro quanto o meu sangue. A embalagem do perfume tinha sido uma rosa, agora era uma arma. Minha arma.
Olhei para frente e vi, mas dessa vez eu tive certeza. Era ele, e ele me chamava para perto de si.
O acidente tinha tirado de mim tudo o que eu mais precisava. O helicóptero que ele sonhava pilotar tinha caído e arrancado nossas vidas.
Eu já não chorava.
Peguei o caco de vidro com a mão direita e encostei no pulso da esquerda. Sem pensar muito, apliquei todas as minhas forças, todas as minhas dores e todos os meus desesperos naquele golpe final contra o fantasma que eu chamava, nas últimas semanas, de vida. Senti a ponta de vidro rasgando minha pele, minha carne e minhas veias, enquanto eu estraçalhava meu braço. Gritei.
Senti o fantasma da minha vida desvanecendo junto com o sangue que escorria e já tingia a cerâmica da suíte de um vermelho muito escuro. Soltei o pedaço de vidro e caí sobre a minha própria tinta rubra no chão. Fechei os olhos.
Só então eu acordei e vi ele, sentado ao meu lado. Me olhava como me olhou da primeira vez. Seus olhos, contas negras que revelam o infinito. E eu estava ali, no lugar que sempre pertenci desde a criação dos tempos. Nem Céu, nem Inferno. Um paraíso, só nosso, por toda a eternidade.
domingo, 27 de maio de 2012
Rotas Aéreas
Sempre gostei de observar aviões.
E agora, mais que nunca, teria a oportunidade de ficar o dia inteiro olhando para eles, se quisesse. Morar relativamente próximo ao Aeroporto me proporciona ouvir o barulho que eles fazem quando estão em baixa altitude, normalmente quando pousam. Descobri, por dedução, que no céu sobre a minha casa há uma rota de pouso.
Hoje, lá pelas 19h, subi no último andar da casa, lugar que eu chamo de A Torre, coloquei o fone de ouvido, liguei o celular e deixei as músicas tocando randomicamente. Abri a janela e fiquei observando o trânsito frenético da Comendador Franco, a uns 500m de onde eu estava e, que mesmo a essa pequena distância, não faz tanto barulho quanto parece. De repente, ouço um barulho de avião (mesmo com o fone de ouvido, que tinha volume baixo) e olho para a esquerda, de onde vem surgindo duas luzes vermelhas e uma branca, piscando. Fiquei observando, obviamente aquele avião estava decolando, tinha baixa altitude e estava subindo, vindo na direção em que me encontrava. Quanto mais eu olhava, mais parecia que estava traçando um curso para o norte. Quando, do nada, virou para o oeste e começou a fazer um "balão" aéreo. Enquanto isso, surgiu outro avião logo atrás, que começou a fazer o mesmo percurso. Estava tocando Hard to Starboard nos meus ouvidos. Sensação estranha essa que eu senti. Pensei que naqueles dois aviões poderiam haver pessoas que estavam deixando suas casas e famílias aqui e que jamais voltariam. Talvez tivessem pessoas indo para uma simples reunião de negócios em outra cidade e amanhã já estariam aí novamente. Ou então, pessoas que estavam fazendo suas tão sonhadas viagens ao exterior, dentro de uma aeronave pela primeira vez.
Imaginei tudo isso ouvindo uma das músicas mais desesperadoras que eu conheço. Senti que um dia poderia ser eu, ali em um daqueles aviões, fazendo exatamente a mesma rota aérea que eles, deixando minha família, minha terra, tudo o que eu conheço, para me jogar de cabeça no sonho que desde criança tenho de viver algum tempo fora do Brasil. Em Belfast - hardtostarboard,hardtostarboard tocando -, Frankfurt ou Vancouver. Maldito desespero e sensação de vazio, pânico. A música dava um tom bem dramático em tudo. A Torre estava escura, não havia luz lá em cima que eu pudesse acender. Parecia mesmo que era eu lá no ar, voando para longe, deixando tudo para trás. Podia sentir meus dedos molhados na face e depois ver as lágrimas brilhando na minha mão, pela luz bruxuleante da rua.
Suponho que foi nesse momento que o último avião estava já tão alto que quase não era mais possível ver suas luzes piscando, já tinha há muito terminado seu contorno aéreo e agora rumava para leste. Antes eu havia me perguntado porque esses aviões tinham que fazer essa manobra, sendo que seria muito mais fácil virar direto para a direita, sentido leste, mas depois pensei que devia ser por algum bom motivo de segurança que eu desconheço. Mas, de qualquer modo, eu continuava seguindo com o olhar as luzes da segunda aeronave, ainda imaginando que eu estava lá dentro, enquanto Hard to Starboard estava em seus segundos finais. No exato momento em que, mesmo me contorcendo ao máximo pela janela para continuar vendo o avião e ele desapareceu escondido pelo telhado da casa, a música melancólica acabou e começou a tocar a divertida Misunderstood. Foi perfeito. Foi exato.
Fui invadida pela sensação de "pegadinha do Malandro" e acabei me perguntando como fiquei tão diferente durante os 6'51'' de Hard to Starboard. Lembrei como algumas músicas tem um poder incrível de alterar estados de espírito.
Enfim, mesmo após isso, não desisti do meu sonho de viajar para longe. A sensação de vazio foi aterrorizante, mas acho que isso as vezes é necessário para te por no chão e te lembrar que por mais perfeitos que pareçam os sonhos, eles não são um mar de rosas. (Ai que bontinho isso, tããão clichê!)
Não importa, talvez tudo isso tenha sido um mal entendido.
domingo, 31 de julho de 2011
Obrigada Joanne Kathleen.
Ontem, fui ver o encerramento de algo que acompanhou minha infância. Cresci, evoluí e amadureci um pouco com cada um deles. Obrigada Joanne Kathleen Rowling por ter escrito uma das maiores estórias de literatura fantástica que a humanidade já viu. Obrigada por ter trazido um pouco mais de magia para a minha vida.
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Os fortes já sabem do que eu estou falando.
Harry Potter cresceu comigo. A cada novo livro publicado, a cada filme lançado eu via refletida uma fase de mim mesma. Me lembro claramente quando Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban foi lançado no cinema, embora eu não tenha assistido nas telonas, recordo que havia uma boneca da Tia Guida parecendo um balão na entrada do cinema no Shopping Curitiba. Cada um desses momentos marcaram muito bem minha vida.
Só comecei a assistir a saga no cinema a partir de Harry Potter e o Cálice de Fogo que marcou por ser, na minha opinião, um dos melhores filmes.
Li todos os livros, mas não vou dizer que sou uma Potteriana, viciada. Não sou, nunca fui. Sempre gostei muito de Harry Potter, mas não tenho meu quarto forrado de posters ou símbolos e insígnias das quatro casas de Hogwarts. Mas devo admitir que senti uma dor, um vazio, quando o último filme acabou, ali naquela tela enorme do cinema IMAX do Palladium. Fiquei ali sentada, vendo os créditos passarem, levando com eles um pedacinho de mim, da minha infância. Vi que tinha acabado, não haveriam novas histórias, não haveriam novos desafios para Harry, Ron, Hermione. De certo modo, quando o filme acabou, foi o momento que dei adeus a minha infância. Isso mesmo, aos 16 anos de idade, nos fim de Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2, foi o momento que eu senti que minha fase infantil tinha mesmo acabado, porque após já ter lido os livros, o filme era tudo o que ainda me restava de aquilo que acompanhou meu crescimento. A menina que um dia brincou de duelos bruxos com os amigos no estacionamento do conjunto residencial em que morava, com um pedaço de pau como varinha, tinha morrido.
Harry Potter acabou, assim, sem mais nem menos, sem dar explicações, levando os sonhos fantásticos de uma geração... que direito tinham de fazer isso com a gente?
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Sei que mesmo eu tendo escrito tudo isso, para todos os que verdadeiramente acompanharam e guardam essa história incrível nos seus corações, Harry Potter não acabou. Nunca acabará. Estará sempre conosco, nos acompanhando em cada lição que aprendemos lendo esses livros, tais como: amor, amizade e lealdade são fundamentais e indestrutíveis, capazes de acabar até mesmo com a Maldade Absoluta.
Eu sei que se algum dia eu tiver filhos, eu vou ler Harry Potter para eles antes de irem dormir, para poderem sonhar que um dia receberão uma cartinha de Hogwarts os convidando para viver em um mundo de magia que toda a minha geração sonhou. Esse será meu legado para meus filhos, o mundo fantástico que acompanhou meus sonhos.
E como um amigo meu colocou no sub-nick: "Harry Potter só acabará para os trouxas".
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Os fortes já sabem do que eu estou falando.
Harry Potter cresceu comigo. A cada novo livro publicado, a cada filme lançado eu via refletida uma fase de mim mesma. Me lembro claramente quando Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban foi lançado no cinema, embora eu não tenha assistido nas telonas, recordo que havia uma boneca da Tia Guida parecendo um balão na entrada do cinema no Shopping Curitiba. Cada um desses momentos marcaram muito bem minha vida.
Só comecei a assistir a saga no cinema a partir de Harry Potter e o Cálice de Fogo que marcou por ser, na minha opinião, um dos melhores filmes.
Li todos os livros, mas não vou dizer que sou uma Potteriana, viciada. Não sou, nunca fui. Sempre gostei muito de Harry Potter, mas não tenho meu quarto forrado de posters ou símbolos e insígnias das quatro casas de Hogwarts. Mas devo admitir que senti uma dor, um vazio, quando o último filme acabou, ali naquela tela enorme do cinema IMAX do Palladium. Fiquei ali sentada, vendo os créditos passarem, levando com eles um pedacinho de mim, da minha infância. Vi que tinha acabado, não haveriam novas histórias, não haveriam novos desafios para Harry, Ron, Hermione. De certo modo, quando o filme acabou, foi o momento que dei adeus a minha infância. Isso mesmo, aos 16 anos de idade, nos fim de Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2, foi o momento que eu senti que minha fase infantil tinha mesmo acabado, porque após já ter lido os livros, o filme era tudo o que ainda me restava de aquilo que acompanhou meu crescimento. A menina que um dia brincou de duelos bruxos com os amigos no estacionamento do conjunto residencial em que morava, com um pedaço de pau como varinha, tinha morrido.
Harry Potter acabou, assim, sem mais nem menos, sem dar explicações, levando os sonhos fantásticos de uma geração... que direito tinham de fazer isso com a gente?
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Sei que mesmo eu tendo escrito tudo isso, para todos os que verdadeiramente acompanharam e guardam essa história incrível nos seus corações, Harry Potter não acabou. Nunca acabará. Estará sempre conosco, nos acompanhando em cada lição que aprendemos lendo esses livros, tais como: amor, amizade e lealdade são fundamentais e indestrutíveis, capazes de acabar até mesmo com a Maldade Absoluta.
Eu sei que se algum dia eu tiver filhos, eu vou ler Harry Potter para eles antes de irem dormir, para poderem sonhar que um dia receberão uma cartinha de Hogwarts os convidando para viver em um mundo de magia que toda a minha geração sonhou. Esse será meu legado para meus filhos, o mundo fantástico que acompanhou meus sonhos.
E como um amigo meu colocou no sub-nick: "Harry Potter só acabará para os trouxas".
sábado, 14 de maio de 2011
Alter-ego - O lugar que eu chamei de mãe.
A cada minuto que passa, amo mais esse lugar.
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Não me pergunte como isso funciona, não sei explicar.
É mais que um sentimento, é mais que um orgulho, é muito mais do que uma simples lição de cidadania.
É Curitiba.
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Isso parece muito bobo, e para alguns, idiotice. Mas eu não dou a mínima para o que os outros pensam sobre mim ou sobre o que eu sinto. Eu vejo quando percorro essas ruas, ando nesses parques ou olho esses pinheiros, sei que não existe outro lugar no mundo em que eu me sinta tão bem quanto aqui. A cada dia frio e chuvoso, sei que é como se ela estivesse refletindo o que eu estou passando. Talvez minha cidade seja tão bipolar quanto eu.
Eu nasci aqui. Fui criada entre edíficios e biarticulados, entre o Jardim Botânico e um pôr do sol na Torre Panoramica. Entre um ligeirinho lotado no horário de pico e um terminal vazio no sábado de manhã. Talvez seja por isso que eu goste muito mais da cidade do que do campo. Não é pela praticidade que ela me oferece e sim por ser o único habitat que eu de fato me identifiquei. Adoro viajar para longe da selva de pedra que as vezes me é uma tortura, porém ficar tempo demais sem ver a agitação e os congestionamentos diários da cidade grande é pior do que andar descalça em ferro quente. E não é qualquer cidade grande. É apenas uma.
Andar em Curitiba, para mim, é como me manter em contato e pura sintonia com o que eu mais preciso na Terra. Quanto mais eu desbravo essas vielas que já passei mil vezes, mais eu me sinto filha desse lugar, filha desse chão, filha de Curitiba.
Estações-tubo, filas, trânsito, favelas, Linha Verde, calçadas ruins... amo cada centímetro do lugar que chamo de "mãe".
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Estou aqui falando do dia a dia, da rotina que a maioria esmagadora da população não vê. Nunca encontrei ninguém que visse uma cidade como eu vejo, como se ela fosse viva. As pessoas apenas passam por um lugar, andam por uma rua. Eu não. Eu vejo cada avenida como uma artéria, pulsante, cheia de luz e graça, de prazer e desprazer, de cores e de tons, independente e também dependente de cada passante, um passante que não liga e não vê o que eu vejo.
Eu vejo todo lugar assim, embora eu só me apegue e me sinta nativa de Curitiba.
-------------------
Com esse texto, eu não pretendo expor minha cidade para visitantes, não estou aqui falando dos pontos turísticos ou dos lugares bonitos. Não é minha intenção fazer uma propaganda para ninguém, dizendo que Curitiba é perfeita para todos - embora seja para mim. A verdadeira intenção pela qual esse texto foi concebido é para falar dos meus sentimentos pela Terra dos Pinheirais, é como se fosse uma óde para a cidade, e não exatamente da cidade. É como se fosse uma carta para a própria Curitiba ler.
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Não me pergunte como isso funciona, não sei explicar.
É mais que um sentimento, é mais que um orgulho, é muito mais do que uma simples lição de cidadania.
É Curitiba.
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Isso parece muito bobo, e para alguns, idiotice. Mas eu não dou a mínima para o que os outros pensam sobre mim ou sobre o que eu sinto. Eu vejo quando percorro essas ruas, ando nesses parques ou olho esses pinheiros, sei que não existe outro lugar no mundo em que eu me sinta tão bem quanto aqui. A cada dia frio e chuvoso, sei que é como se ela estivesse refletindo o que eu estou passando. Talvez minha cidade seja tão bipolar quanto eu.
Eu nasci aqui. Fui criada entre edíficios e biarticulados, entre o Jardim Botânico e um pôr do sol na Torre Panoramica. Entre um ligeirinho lotado no horário de pico e um terminal vazio no sábado de manhã. Talvez seja por isso que eu goste muito mais da cidade do que do campo. Não é pela praticidade que ela me oferece e sim por ser o único habitat que eu de fato me identifiquei. Adoro viajar para longe da selva de pedra que as vezes me é uma tortura, porém ficar tempo demais sem ver a agitação e os congestionamentos diários da cidade grande é pior do que andar descalça em ferro quente. E não é qualquer cidade grande. É apenas uma.
Andar em Curitiba, para mim, é como me manter em contato e pura sintonia com o que eu mais preciso na Terra. Quanto mais eu desbravo essas vielas que já passei mil vezes, mais eu me sinto filha desse lugar, filha desse chão, filha de Curitiba.
Estações-tubo, filas, trânsito, favelas, Linha Verde, calçadas ruins... amo cada centímetro do lugar que chamo de "mãe".
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Estou aqui falando do dia a dia, da rotina que a maioria esmagadora da população não vê. Nunca encontrei ninguém que visse uma cidade como eu vejo, como se ela fosse viva. As pessoas apenas passam por um lugar, andam por uma rua. Eu não. Eu vejo cada avenida como uma artéria, pulsante, cheia de luz e graça, de prazer e desprazer, de cores e de tons, independente e também dependente de cada passante, um passante que não liga e não vê o que eu vejo.
Eu vejo todo lugar assim, embora eu só me apegue e me sinta nativa de Curitiba.
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Com esse texto, eu não pretendo expor minha cidade para visitantes, não estou aqui falando dos pontos turísticos ou dos lugares bonitos. Não é minha intenção fazer uma propaganda para ninguém, dizendo que Curitiba é perfeita para todos - embora seja para mim. A verdadeira intenção pela qual esse texto foi concebido é para falar dos meus sentimentos pela Terra dos Pinheirais, é como se fosse uma óde para a cidade, e não exatamente da cidade. É como se fosse uma carta para a própria Curitiba ler.
sábado, 7 de maio de 2011
Fidelidade.
Eu juro nunca jurar fidelidade total a alguém.
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Quem nunca se decepcionou?
Quem nunca achou que iria ser para sempre?
Quem nunca disse "eu te amo" para a pessoa errada?
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É, a vida não vem com manual de instruções. É viver e quebrar a cara. É rir e chorar. É amar e ser amado (ou não).
Já me apeguei demais, me decepcionei muito, já chorei muito, já gritei muito. Eu tive que aprender dos piores modos que minha felicidade não pode depender de alguém.
Se arrepender de dizer "eu te amo" é um dos piores sentimentos. Se arrepender de ter falado demais, talvez cedo demais, é um sentimento de raiva de si mesmo, de vazio.
"Eu quero sempre mais. Eu espero sempre mais de ti."
Isso acontece com todo mundo. Se você ainda não passou por isso, pode ter certeza que, mais cedo ou mais tarde, você vai passar. Só que existem pessoas muito azaradas, que tem a oportunidade de passar várias vezes por isso.
Já jurei estar para sempre estar do seu lado. Sou fiel ao que prometo. Ainda estou aqui e aqui para sempre vou ficar. Eu jurei. Só porque você nunca mais veio atrás, não significa que eu te esqueci, não significa que não estarei aqui se você precisar. Eu te jurei a eternidade e vou ser fiel. Se precisar, aqui estarei. Para sempre GCA.
Mas por já ter prometido algo que, apesar de fiel, apenas me machucou, passei a tomar o cuidado de nunca mais me comprometer com alguém assim. Me apego sim, mas nunca disse para mais ninguém que eu estaria aqui para sempre. E eu não vou estar. Isso, eu jurei para mim mesma.
"Para que correr atrás, se ela sempre volta?" devem pensar eles. E eu disse "Eu sempre volto, mas um dia, isso não vai acontecer". Esse dia está próximo. Eu não te jurei fidelidade. Eu não jurei estar aqui para sempre. E isso não é drama, é dor. Não é ciúme, é medo. Não são palavras, são sentimentos. Eu não quero partir, eu não quero, mas eu não vou pensar duas vezes se isso for para o meu bem. De fato, já pensei até demais. Esse, é meu último aviso. E se eu for, dessa vez, eu não volto.
Eu realmente espero que tudo isso que você me disse seja verdade, que você se importe. Porque eu me importo, muito. Mas eu não vou hesitar mais, nunca mais.
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Quem nunca se decepcionou?
Quem nunca achou que iria ser para sempre?
Quem nunca disse "eu te amo" para a pessoa errada?
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É, a vida não vem com manual de instruções. É viver e quebrar a cara. É rir e chorar. É amar e ser amado (ou não).
Já me apeguei demais, me decepcionei muito, já chorei muito, já gritei muito. Eu tive que aprender dos piores modos que minha felicidade não pode depender de alguém.
Se arrepender de dizer "eu te amo" é um dos piores sentimentos. Se arrepender de ter falado demais, talvez cedo demais, é um sentimento de raiva de si mesmo, de vazio.
"Eu quero sempre mais. Eu espero sempre mais de ti."
Isso acontece com todo mundo. Se você ainda não passou por isso, pode ter certeza que, mais cedo ou mais tarde, você vai passar. Só que existem pessoas muito azaradas, que tem a oportunidade de passar várias vezes por isso.
Já jurei estar para sempre estar do seu lado. Sou fiel ao que prometo. Ainda estou aqui e aqui para sempre vou ficar. Eu jurei. Só porque você nunca mais veio atrás, não significa que eu te esqueci, não significa que não estarei aqui se você precisar. Eu te jurei a eternidade e vou ser fiel. Se precisar, aqui estarei. Para sempre GCA.
Mas por já ter prometido algo que, apesar de fiel, apenas me machucou, passei a tomar o cuidado de nunca mais me comprometer com alguém assim. Me apego sim, mas nunca disse para mais ninguém que eu estaria aqui para sempre. E eu não vou estar. Isso, eu jurei para mim mesma.
"Para que correr atrás, se ela sempre volta?" devem pensar eles. E eu disse "Eu sempre volto, mas um dia, isso não vai acontecer". Esse dia está próximo. Eu não te jurei fidelidade. Eu não jurei estar aqui para sempre. E isso não é drama, é dor. Não é ciúme, é medo. Não são palavras, são sentimentos. Eu não quero partir, eu não quero, mas eu não vou pensar duas vezes se isso for para o meu bem. De fato, já pensei até demais. Esse, é meu último aviso. E se eu for, dessa vez, eu não volto.
Eu realmente espero que tudo isso que você me disse seja verdade, que você se importe. Porque eu me importo, muito. Mas eu não vou hesitar mais, nunca mais.
And I will love you, baby, always
And I'll be there for eternity, always
I'll be there till the stars don't shine
Till the heavens burst and the words don't rhyme
And I know when i die, you'll be on my mind
And I love you, always.
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