domingo, 31 de julho de 2011

Obrigada Joanne Kathleen.

Ontem, fui ver o encerramento de algo que acompanhou minha infância. Cresci, evoluí e amadureci um pouco com cada um deles. Obrigada Joanne Kathleen Rowling por ter escrito uma das maiores estórias de literatura fantástica que a humanidade já viu. Obrigada por ter trazido um pouco mais de magia para a minha vida.

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Os fortes já sabem do que eu estou falando.

Harry Potter cresceu comigo. A cada novo livro publicado, a cada filme lançado eu via refletida uma fase de mim mesma. Me lembro claramente quando Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban foi lançado no cinema, embora eu não tenha assistido nas telonas, recordo que havia uma boneca da Tia Guida parecendo um balão na entrada do cinema no Shopping Curitiba. Cada um desses momentos marcaram muito bem minha vida.

Só comecei a assistir a saga no cinema a partir de Harry Potter e o Cálice de Fogo que marcou por ser, na minha opinião, um dos melhores filmes.

Li todos os livros, mas não vou dizer que sou uma Potteriana, viciada. Não sou, nunca fui. Sempre gostei muito de Harry Potter, mas não tenho meu quarto forrado de posters ou símbolos e insígnias das quatro casas de Hogwarts. Mas devo admitir que senti uma dor, um vazio, quando o último filme acabou, ali naquela tela enorme do cinema IMAX do Palladium. Fiquei ali sentada, vendo os créditos passarem, levando com eles um pedacinho de mim, da minha infância. Vi que tinha acabado, não haveriam novas histórias, não haveriam novos desafios para Harry, Ron, Hermione. De certo modo, quando o filme acabou, foi o momento que dei adeus a minha infância. Isso mesmo, aos 16 anos de idade, nos fim de Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2, foi o momento que eu senti que minha fase infantil tinha mesmo acabado, porque após já ter lido os livros, o filme era tudo o que ainda me restava de aquilo que acompanhou meu crescimento. A menina que um dia brincou de duelos bruxos com os amigos no estacionamento do conjunto residencial em que morava, com um pedaço de pau como varinha, tinha morrido.

Harry Potter acabou, assim, sem mais nem menos, sem dar explicações, levando os sonhos fantásticos de uma geração... que direito tinham de fazer isso com a gente?

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Sei que mesmo eu tendo escrito tudo isso, para todos os que verdadeiramente acompanharam e guardam essa história incrível nos seus corações, Harry Potter não acabou. Nunca acabará. Estará sempre conosco, nos acompanhando em cada lição que aprendemos lendo esses livros, tais como: amor, amizade e lealdade são fundamentais e indestrutíveis, capazes de acabar até mesmo com a Maldade Absoluta.
Eu sei que se algum dia eu tiver filhos, eu vou ler Harry Potter para eles antes de irem dormir, para poderem sonhar que um dia receberão uma cartinha de Hogwarts os convidando para viver em um mundo de magia que toda a minha geração sonhou. Esse será meu legado para meus filhos, o mundo fantástico que acompanhou meus sonhos.

E como um amigo meu colocou no sub-nick: "Harry Potter só acabará para os trouxas".

sábado, 14 de maio de 2011

Alter-ego - O lugar que eu chamei de mãe.

A cada minuto que passa, amo mais esse lugar.

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Não me pergunte como isso funciona, não sei explicar.
É mais que um sentimento, é mais que um orgulho, é muito mais do que uma simples lição de cidadania.
É Curitiba.

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Isso parece muito bobo, e para alguns, idiotice. Mas eu não dou a mínima para o que os outros pensam sobre mim ou sobre o que eu sinto. Eu vejo quando percorro essas ruas, ando nesses parques ou olho esses pinheiros, sei que não existe outro lugar no mundo em que eu me sinta tão bem quanto aqui. A cada dia frio e chuvoso, sei que é como se ela estivesse refletindo o que eu estou passando. Talvez minha cidade seja tão bipolar quanto eu.

Eu nasci aqui. Fui criada entre edíficios e biarticulados, entre o Jardim Botânico e um pôr do sol na Torre Panoramica. Entre um ligeirinho lotado no horário de pico e um terminal vazio no sábado de manhã. Talvez seja por isso que eu goste muito mais da cidade do que do campo. Não é pela praticidade que ela me oferece e sim por ser o único habitat que eu de fato me identifiquei. Adoro viajar para longe da selva de pedra que as vezes me é uma tortura, porém ficar tempo demais sem ver a agitação e os congestionamentos diários da cidade grande é pior do que andar descalça em ferro quente. E não é qualquer cidade grande. É apenas uma.

Andar em Curitiba, para mim, é como me manter em contato e pura sintonia com o que eu mais preciso na Terra. Quanto mais eu desbravo essas vielas que já passei mil vezes, mais eu me sinto filha desse lugar, filha desse chão, filha de Curitiba.

Estações-tubo, filas, trânsito, favelas, Linha Verde, calçadas ruins... amo cada centímetro do lugar que chamo de "mãe".
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Estou aqui falando do dia a dia, da rotina que a maioria esmagadora da população não vê. Nunca encontrei ninguém que visse uma cidade como eu vejo, como se ela fosse viva. As pessoas apenas passam por um lugar, andam por uma rua. Eu não. Eu vejo cada avenida como uma artéria, pulsante, cheia de luz e graça, de prazer e desprazer, de cores e de tons, independente e também dependente de cada passante, um passante que não liga e não vê o que eu vejo.
Eu vejo todo lugar assim, embora eu só me apegue e me sinta nativa de Curitiba.

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Com esse texto, eu não pretendo expor minha cidade para visitantes, não estou aqui falando dos pontos turísticos ou dos lugares bonitos. Não é minha intenção fazer uma propaganda para ninguém, dizendo que Curitiba é perfeita para todos - embora seja para mim. A verdadeira intenção pela qual esse texto foi concebido é para falar dos meus sentimentos pela Terra dos Pinheirais, é como se fosse uma óde para a cidade, e não exatamente da cidade. É como se fosse uma carta para a própria Curitiba ler.

sábado, 7 de maio de 2011

Fidelidade.

Eu juro nunca jurar fidelidade total a alguém.

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Quem nunca se decepcionou?
Quem nunca achou que iria ser para sempre?
Quem nunca disse "eu te amo" para a pessoa errada?

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É, a vida não vem com manual de instruções. É viver e quebrar a cara. É rir e chorar. É amar e ser amado (ou não).
Já me apeguei demais, me decepcionei muito, já chorei muito, já gritei muito. Eu tive que aprender dos piores modos que minha felicidade não pode depender de alguém.
Se arrepender de dizer "eu te amo" é um dos piores sentimentos. Se arrepender de ter falado demais, talvez cedo demais, é um sentimento de raiva de si mesmo, de vazio.
"Eu quero sempre mais. Eu espero sempre mais de ti."

Isso acontece com todo mundo. Se você ainda não passou por isso, pode ter certeza que, mais cedo ou mais tarde, você vai passar. Só que existem pessoas muito azaradas, que tem a oportunidade de passar várias vezes por isso.

Já jurei estar para sempre estar do seu lado. Sou fiel ao que prometo. Ainda estou aqui e aqui para sempre vou ficar. Eu jurei. Só porque você nunca mais veio atrás, não significa que eu te esqueci, não significa que não estarei aqui se você precisar. Eu te jurei a eternidade e vou ser fiel. Se precisar, aqui estarei. Para sempre GCA.

Mas por já ter prometido algo que, apesar de fiel, apenas me machucou, passei a tomar o cuidado de nunca mais me comprometer com alguém assim. Me apego sim, mas nunca disse para mais ninguém que eu estaria aqui para sempre. E eu não vou estar. Isso, eu jurei para mim mesma.

"Para que correr atrás, se ela sempre volta?" devem pensar eles. E eu disse "Eu sempre volto, mas um dia, isso não vai acontecer". Esse dia está próximo. Eu não te jurei fidelidade. Eu não jurei estar aqui para sempre. E isso não é drama, é dor. Não é ciúme, é medo. Não são palavras, são sentimentos. Eu não quero partir, eu não quero, mas eu não vou pensar duas vezes se isso for para o meu bem. De fato, já pensei até demais. Esse, é meu último aviso. E se eu for, dessa vez, eu não volto.

Eu realmente espero que tudo isso que você me disse seja verdade, que você se importe. Porque eu me importo, muito. Mas eu não vou hesitar mais, nunca mais.

And I will love you, baby, always
And I'll be there for eternity, always
I'll be there till the stars don't shine
Till the heavens burst and the words don't rhyme
And I know when i die, you'll be on my mind
And I love you, always.

domingo, 6 de março de 2011

Carnaval e a cultura. Carnaval e a alienação.

É Carnaval minha gente!

Tá, e daí?

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Não me entenda mal. Não é que eu não gosto de Carnaval, é que eu odeio mesmo Carnaval.

Todo ano que chega, vem com essa "festa popular" já embutida em seus dias. Se houvesse apenas um motivo para que eu tivesse algum tipo de simpatia por essa putaria-generalizada-politicamente-correta seria porque durante esses dias eu não tenho que ir para o colégio.


Eu vi um vídeo de uma jornalista paraibana que disse exatamente o que eu penso sobre o Carnaval e com isso, causou polêmica: Comentário de Rachel Sheherazade sobre o Carnaval. Mas é difícil acreditar que alguém esclarecido ache polêmico e anti-cultural o que ela falou, já que se todo o contexto disso for analisado, estará claro que ela falou a verdade.
Com isso também puxo para análise o vídeo do Felipe Neto sobre Micaretas. Eu acho que ele passou um pouco dos limites dizendo que micareteiros são todos vagabundos e vagabundas (se bem que...), mas lendo os comentários públicos, achei interessante algumas pessoas falando que ele era contra a sua própria cultura, já que cultura é definida pelo povo, e consequentemente, ele era contra o seu próprio povo. E eu não discordo, sou contra minha cultura e meu povo.

Porque se pelo simples fato de ter nascido em solo brasileiro, eu sou obrigada a aceitar garganta abaixo um festival de putaria, com pessoas nuas e semi-nuas, sambando ao som de uma música de completa conotação sexual, eu fico feliz de ser anti meu próprio povo.

Se fosse só isso, até que seria apenas vergonha alheia que eu sentiria. Mas quando ligo a TV e vejo todo o tipo de mazela humana, acontecendo por culpa dessa festa onde tudo é permitido e ninguém parece ter muita consciência do que faz, eu não fico envergonhada, eu fico apavorada.
Um cara matou 16 pessoas e feriu mais de 50 por ter jogado uma serpentina na rede elétrica. Deve ter sido acidente, mas um pouco mais de consciência e menos alienação, poderia ter salvado a vida de 16 pessoas.
Uma garota caiu do trio elétrico ao se abaixar para não encostar nos fios de eletricidade. Traumatismo crâniano e outras lesões. Morreu. Que morte mais boba, que poderia ser evitada.
Entre outras coisas.

Talvez seja por isso que eu não gosto de Carnaval.

Minha prima foi esses dias para o Rio e ela disse que querendo ou não, isso é cultura brasileira, toda essa festa. Que talvez eu, como uma fria curitibana, não consiga entender o porquê de tanta comoção carnavalesca, mas alguém que realmente é envolvido, sinta a força do Carnaval.
É talvez seja isso. Mas mesmo assim, não posso ser a favor de todo o custo que isso tem. De vidas e de dinheiro público.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Novo Ano, novas esperanças e a mesma decepção.

Primeira postagem do ano, e mais uma vez... nada de novo.
Eu até gosto do início do ano, é tudo festa, tudo diversão e tudo se resume a promessas de que será tudo melhor... mas sei lá, sempre me bate um puta desamino. Não sei muito bem porquê, mas creio que seja a visão de que começa tudo de novo: aula, trabalho, rotina, etc e talz.
Ah é, sempre que vou marcar uma data em alguma coisa, por algum motivo que desconheço, odeio escrever Janeiro ou Fevereiro, não gosto de datar o início do ano. É estranho demais. Só me sinto mais confortável após o mês de Maio, o ano já tá quase na metade. E sinceramente eu amo escrever Outubro e Novembro, são meus meses prediletos, aulas acabando e férias à vista. Pior ainda, é que no comecinho de qualquer ano, quase todo mundo sempre marca o ano anterior nas coisas que devem preencher.

Mas não é sobre isso que quero falar.

Quero falar mesmo são sobre aqueles desejos e resoluções de Fim de Ano que acho que todo mundo faz.
É um "te desejo paz" pra lá, "desejamos que seu ano seja tudo de bom" pra cá e esse tipo de ladainha que qualquer ser nesse planeta já ouviu falar. Isso acontece muito na TV, nós vemos aquele bando de ator, sub-celebridade, jornalista e Xuxa desejando para todos os telespectadores que eles nunca viram na vida um "Feliz Natal e próspero Ano Novo cheio de paz e realizações na sua vida" e isso até que é legal, se eu não soubesse que no ano que se inicia inúmeras desgraças que sempre acontecem, vão acontecer novamente.
Eu sei que eu vou continuar ligando a TV em 2011 e vou ver muita violência. Eu sei que vou abrir um jornal em 2011 e ainda vou ler tragédias. Eu sei que vou ligar o rádio em 2011 e vou ouvir mais uma modinha adolescente escrota (desde que a MTV não passe isso, por mim tudo bem! Mas o pior é que passa...). E eu também sei que vou assistir o Brasil Urgente com o Datena em 2011 e vou ver a mais pura desgraça que acontece diariamente em São Paulo. E sob o comando de Dilma Rousseff (PUTA DESGRAÇA).

Sei lá. Não é querer ser pessimista demais (mas já sendo, e todo mundo que ler isso sabe que eu não estou mentindo) mas eu sempre sinto uma certa angústia quando vejo a queima de fogos que anuncia a chegada de um novo ano, porque as pessoas esquecem que fizeram votos de mudar e serem melhores e voltam a seguir a velha vida, a velha rotina, e a velha indiferença ao sofrimento alheio. Pelo menos a grande maioria é assim.

Mas existem coisas que realmente são boas, pessoas que realmente mudam e fazem a diferença. Não deixam a promessa só no papel (ou na memória). E são elas, somente elas, que fazem o mundo mudar, cada ano ser diferente (só um pouco diferente). E também são elas que dão a oportunidade - e a esperança - de que quando o ano chegue ao fim, outras pessoas inertes façam suas promessas vazias e continuem suas vidas, vazias.

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Mas eu agradeço a Deus pelo meu maravilhoso 2010 e peço a Ele um novo 2011, com tantas oportunidades quanto o ano anterior, e desde já agradeço.
E numa tentativa de que mais pessoas consigam fazer a diferença, peço também a Ele, um 2011 cheio de mudanças para todo aquele que verdadeiramente queira mudar.