terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aquela bagaça que você tem na infância e te marca para a vida toda.

Sabe catapora, varicela, ou qualquer coisa do tipo que você tem na infância, te machuca, arde, coça e você ainda tem lembranças boas dela porque você não precisava ir pra escola quando pegou essa coisa?
Mas também isso te marca, fica cicatriz e você nunca esquece, tanto do lado bom quanto do ruim.

Amizade é uma coisa assim também, tem umas que são marcantes, mas passam tão rápido quanto vieram; tem umas que não tem profundidade para tanto (a grande maioria); mas também tem aqueles diamantes preciosos, raros e inestimáveis e, quando você encontra um desses, daria a vida para não se desfazer deles nunca.

Já tive esses três tipos de amizade, e do último tipo, digamos que só encontrei esse diamante uma vez. E não soube guardar, perdi.

Too late. But I love You.

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Se algum dia você ler isso, já que sei que não é assíduo do meu blog, lembre-se: Taim i' ngra leat!

É sério, eu pareço uma patética aqui e todas aquelas vezes que por meio de palavras escritas, que não foram nem mesmo ditas cara a cara, eu tentei recuperar o que eu tinha achado que, a princípio, não tinha valor. Sempre quis ter alguém que estivesse do meu lado para me apoiar naquele momento de maior dificuldade, que dissesse aquela palavrinha mágica no meu ouvido que me faria esquecer tudo a minha volta e saber que essa seria a pessoa com quem eu sempre iria poder contar, e eu não percebi que essa pessoa estava ali, do meu lado. Sinceramente, se eu tivesse uma segunda chance, faria tudo diferente.
Você não era aquela pessoa de dar conselhos geniais (mas os dois melhores conselhos que eu já ouvi de um amigo partiram de você), também não era aquele cara que era gentil e tudo mais, mas sempre foi aquele que dava o melhor abraço apertado quando eu precisava de ajuda. E daí se você desenhou um hentai de Naruto que está até hoje na minha memória? E daí se você às vezes comprava aquele chocolatinho que eu adorava (e nunca mais vi à venda)? E daí se eu colocava canetinhas entre os dedos achando que era o Wolverine pra te deixar marcado de um monte de cor diferente (eu nunca ganhei essa guerrinha, droga!)? E daí...? E daí...? Agora parecem lembranças vazias sem você para torná-las reais de novo. Parece que nada disso nunca existiu, não pelo tom e assunto das nossas atuais conversas. E eu sei, como você mesmo disse, é tudo minha culpa. Meu ciúme, minha neura, minha idiotice.

Eu continuei, mas toda vez que olho pra coisas que me lembram você eu fico mal, nostalgica e lembrando que, se não fosse por mim, poderia ser diferente. Mas hoje você está melhor e sinto um orgulho (com uma pontada de dor) de saber que está tão bem acompanhado. E eu não.

Eu estou sem você, mas fora isso, está tudo bem!

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